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A FLA, que revisitou as fábricas de 25 de junho a 6 de julho, observou que desde a auditoria de fevereiro, a Foxconn reduziu a jornada de trabalho para 60 horas semanais, incluindo horas extras. Isso atende ao código do grupo de trabalho, mas ainda excede o limite legal chinês de 49 horas por semana, incluindo horas extras. A Foxconn, no entanto, prometeu levar suas horas de trabalho ao limite legal chinês até julho de 2013.

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Anonim

Entre as muitas mudanças, a Foxconn impediu que estagiários de estudantes trabalhassem em horas extras nas fábricas. A empresa também revisou e comunicou sua política de reclamações aos trabalhadores, permitindo que os problemas fossem expressos anonimamente à administração. Ao mesmo tempo, a FLA trabalhou com a Foxconn para conscientizar os funcionários sobre seu sindicato.

A auditoria também ajudou a trazer inúmeras mudanças nas políticas de saúde e segurança, como melhorar o design dos equipamentos dos trabalhadores para evitar lesões e introduzindo “pausas ergonômicas” programadas, com duração de 10 a 15 minutos, para aliviar o estresse nos corpos dos trabalhadores.

Apesar dos progressos realizados, a FLA disse que ainda há desafios para a Foxconn melhorar suas fábricas, uma das quais reduzindo as horas de trabalho dos funcionários para 49 por semana. A Foxconn também tem 165 itens de ação que as três fábricas devem atender até julho de 2013. Mas até agora, 89 já foram concluídas, segundo a FLA.

Em resposta ao relatório da FLA, a Foxconn observou em comunicado que a empresa estava à frente de cronograma para atender a lista de mudanças para melhorar as condições de trabalho de suas fábricas. A empresa também apontou como a FLA citou seu papel no apoio a um novo regulamento, a partir de janeiro do próximo ano, para estender o seguro desemprego a trabalhadores migrantes em Shenzhen, na China, uma grande base de fabricação da Foxconn.

"Nossa esperança é que nossos esforços não apenas beneficiarão a Foxconn, mas também servirão de modelo para outras empresas e ajudarão a melhorar as condições de trabalho da indústria manufatureira em toda a China ", disse Louis Woo, assistente especial do CEO da Foxconn, em comunicado.

As investigações da FLA acontecem quando tanto a Foxconn quanto a Apple receberam críticas ao longo dos anos por supostamente permitir condições de trabalho precárias nas fábricas da Foxconn na China. No início deste ano, o New York Times publicou uma reportagem descrevendo essas condições, o que trouxe mais críticas e resultou na Apple pedindo à FLA para auditar a Foxconn.

Enquanto o relatório de terça-feira observou melhorias feitas nas fábricas da Foxconn, a China Labour Watch As investigações da FLA analisaram apenas fábricas selecionadas e não toda a cadeia de suprimentos da Apple. "As duras condições de trabalho não estão de forma alguma isoladas da Foxconn, mas existem em toda a cadeia de fornecimento da Apple", disse o grupo em comunicado. As investigações do próprio China Labor Watch também descobriram que, devido à redução da jornada de trabalho da Foxconn, os funcionários precisam completar o equivalente a 66 horas de trabalho dentro de um período de 60 horas semanais. "Como resultado, os trabalhadores recebem salários mais baixos, mas precisam trabalhar muito mais e não estão satisfeitos com a situação atual", disse o grupo.

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